Situado em prédio no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, o Museu de Ciências da Terra
possui um dos maiores acervos minerais da América Latina. Foto: David Bank
Com a maior coleção de fósseis da América Latina e um acervo com milhares de amostras de rochas, minerais, meteoritos, o Museu de Ciências da Terra (MCTer) do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) deu um importante passo em meio ao robusto processo de revitalização pelo qual está passando. Desde a sua criação, em 1907, o Museu até então não tinha uma personalidade jurídica, o que impedia a captação de recursos de qualquer natureza, como de editais ou parcerias público-privadas. Esta realidade mudou no último dia 11 de junho, quando foi criado na Receita Federal o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do MCTer, o que permitirá o estabelecimento de parcerias com o terceiro setor para desenvolvimento de projetos e ações.
Hoje, todo potencial do Museu se encontra comprometido em função das condições em que o local que o abriga se encontra, um imponente prédio histórico tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, situado no bairro da Urca, no Rio de Janeiro. O espaço foi fechado para visitação em 2019, já com a previsão das obras de revitalização, e parte do prédio está isolada - em ruínas - em decorrência do incêndio ocorrido em 1973. Uma das ações que levaram possibilitaram o registro da personalidade jurídica do MCTer foi a incorporação do acervo à estrutura organizacional do SGB/CPRM.
A Diretoria de Infraestrutura Geocientífica (DIG) é a área do SGB/CPRM que atualmente é responsável pelo Museu de Ciências da Terra. O titular da Diretoria, Paulo Afonso Romano, destaca que a integração à estrutura organizacional e o registro do CNPJ foram viabilizados para abrir novos caminhos e permitir os investimentos necessários à recuperação do Museu. Ele destaca, sobretudo, a parceria que está em andamento com Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Petrobras para o custeio da revitalização.
A empresa vencedora pelo critério de técnica e preço, conforme previsto no Edital, foi a Schiffino & Junqueira. Os projetos executivos, cujo contrato é gerenciado pela FACC, estão em pleno andamento e os resultados de qualificação institucional por parte do movimento de revitalização já podem ser observados com a limpeza, capinagem e roçagem na área do MCTer que está em ruínas.
Participaram da seleção, em caráter consultivo, a museóloga Célia Maria Corsino, coordenadora técnica do projeto; a coordenadora administrativa do MCTer, Nathalia Roitberg; contando com apoio técnico do Comitê Executivo do Programa de Revitalização do MCTer, composto também pelos representantes da DIG Paulo Romano e Cimara Monteiro), e do Centro de Geociências Aplicadas do SGB/CPRM, Noevaldo Teixeira e Rodrigo Adôrno.
Fonte: Lucas Alcântara - Assessoria de Comunicação do Serviço Geológico do Brasil
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