"Já que ninguém me tira para dançar", dirigido por Ana Maria Magalhães, será exibido virtualmente no dia 07 de dezembro na abertura do 54ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A exibição está marcada para as 20 horas, pelo Canal InnSaei TV ( acesse aqui ).
"Já que ninguém me tira para dançar" é um longa inédito, realizado originalmente em U-Matic, e depois restaurado. Entrevistas e gravações novas juntaram-se às originais, de 1982, digitalizadas recentemente. Finalizado em HDTV, o filme resgata a participação de Leila Diniz na cultura moderna, artista que se posicionou pela liberdade das mulheres durante os anos mais duros da ditadura militar.
Realizado pela diretora e atriz Ana Maria Magalhães, que foi amiga de Leila, o filme é o registro de um período e mostra imagens de filmes, fotos e cenas ficcionais vividos pela atriz Leila Diniz, revelando seu modo libertário de ser e agir numa época que inspirou avanços culturais e comportamentais no mundo inteiro. A famosa entrevista de Leila ao Pasquim, em 1969, despertou indignação dos militares e o desprezo das feministas que achavam-na apenas vulgar.
Autêntica e espontânea, Leila Diniz foi porta-voz de uma geração censurada. Conquistou corações e mentes sob o signo do amor e ao mesmo tempo gerou hostilidade dos defensores da moral e dos bons costumes, principalmente após posar de biquíni para uma revista, aos oito meses de gravidez. Leila falava abertamente sobre tudo, incluindo sua sexualidade. Como as rebeldes Janis Joplin e Amy Winehouse, Leila Diniz morreu aos 27 anos, em um acidente de avião na Índia, quando voltava de um festival de cinema na Austrália, onde recebeu o prêmio de melhor atriz.
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